sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Coração Petrificado






Inerte

Coração petrificado
Desgastado pelas dores do passado
Vivido e agora já quase morto
Ainda assim, luta.
Ainda assim, continua a bater.
Entristece-se ainda mais com as dores do mundo
Pobre coração amargurado,
Tão triste,
Tão desgastado pela dor
E novamente deseja como ultimo desejo

Viver

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sou a solidão



Sou como o vento
Sigo sem rumo ou direção
Invisível, intocável
Como o vento, ninguém pode me tocar

Sou como o sol
olhares não se firmam em mim
Olhares apenas se perdem
Os olhos se machucam ao me contemplar

Sou o dia e a noite
Sou mais noite do que dia
Sou a vida e a morte
Sou mais morte do que vida

Sou o dia
Claro, alegre, ensolarado
Sou a noite
Escura, solitária, fria, silenciosa

Sou mais noite do que dia

Sou a vida
Única. feliz, esperançosa
Sou a morte
Sagaz, triste, mórbida

Sou mais morte do que vida

Meu ser se desfez
Se desconfigura a cada estação
Chegará o dia em que não viverei mais
Serei chamado apenas de solidão

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Lágrimas



Lágrimas caem sobre mim
Susurros de atos passados
Tristeza,choro,recordações
Lembranças de quem um dia esteve aqui

Vida? que vida?
Para ele a vida nunca existiu
A solidão o consumiu
A solidão foi sua morada por toda uma vida

Perguntas, indagações, lamentos
Porque isso aconteceu?
Porque ele teve que ir?
Porque ele morreu?

Familiares,amigos, conhecidos
Cobrindo os olhos, choram
Seu infortúnio foi maior que tudo
Sua tristeza foi maior que o mundo

Ultima despedida
Agora ele se vai
Deixou toda tristeza para trás
Sente-se livre agora

Tentara viver uma nova vida

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um dia quis ser feliz



Um dia quis ficar sozinho
Um dia quis me conhecer
Entender o que pensava
Entender o que sonhava

Um dia quis ver o mundo
Mas o mundo não era o que eu pensava
Não era o que eu via
Não era o que eu sentia

Um dia quis ver o mundo
Mas não vi beleza
Só via tristeza
Esse era o mundo

Um dia quis ver o mundo
Tinha beleza,
Estava na minha cabeça, eu o criei
Esse mundo era meu

Um dia quis ficar sozinho
E desfiz meu mundo
E num segundo
Me vi em trevas

Um dia quis ser feliz
Mas a felicidade me fugiu
E num grito de dor
Minha vida sucumbiu

E então eu morri

domingo, 27 de junho de 2010

Apenas Perguntas



Quais foram as ruas por onde caminhamos
Quais foram os sentimentos que desfrutamos
Qual foi a vida que vivemos
Quais foram os momentos que nos amamos

Quando foi que nos perdemos
Quando nós realmente nos envolvemos
Quando nós realmente nos separamos
Quando foi que nos esquecemos

Que dor me atingiu
Que amor me consumiu
Que olhar me desconserta
Que abraço me liberta

Porque tive que sofrer assim
Porque sempre tenho que sofrer assim
Porque não consigo sorri
Porque ainda estou aqui

São apenas perguntas

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Eis-me aqui








Eis-me aqui
A clamar o pranto que me foi dado
Do amor hoje despedaçado
Da vida que teima em não acabar

Eis-me aqui
A expressar dores do passado
Dores que vivem do meu lado
Dores que irão me abrigar

Eis-me aqui
Incrédulo e sozinho
Com trevas em meu caminho
Não terei forças para continuar

Eis-me aqui
Abandonado pela sorte
E acariciado pela morte
Para a morte
Haverei de me entregar

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um Lamento



Porque minha alma
Tão quieta e solitária
Se encontra embalsamada

Num antro de dor e tristeza
Será por ser feita de decepções?
Será por ter repousado no seio da vida as dores que tanto a afligem?
Castas rosas jazem mortas ao meu redor,
Doloroso é o que penso da vida
Doloroso é o sol que me ilumina,
Pois a vida é uma noite eterna
Esculpida pelas mãos tremulas do destino
Tendo a sorte de esvair-se
Com o tempo
E em tempo levar as dores tão já sofridas,
Um alento
Tendo as trevas em seu caminho,
Findará em teu domínio,
Um tormento
Abrigando-se assim em um sepulcro
Levando por toda a eternidade
As dores do mundo
Deixando apenas
Um lamento

quinta-feira, 10 de junho de 2010





Oh! Dor, que dor
Quanta Lástima
O quão desgraçado sou
O quão difícil pode ser a vida
Quando não sentimos o amor

Oh! Morte
Oh! Bela morte me toque
Deixe-me feliz meu amor
Dei-me sua sorte
Faça-me um homem feliz

Tão triste é o meu viver
Fico mais triste quando lembro que estou vivo
Fico mais triste ao contemplar o quão desgraçada é minha vida
Tão triste é o meu viver

Vida! oh!  vida
Porque não vens a mim
Porque não te curvas
Porque não me unta com ambrósia
Faça-me um homem feliz

sábado, 22 de maio de 2010

Amor

O Amor é Cruel
Sim ! é Cruel
Alguns dizem que o amor é bom
que o amor é como estar no céu
Não é verdade
O amor é difícil
O amor é para poucos
Poucos que tem consciência
de não deixa-lo torna-se um vicio
A h ! o amor
O amor é como estar a beira de um precipício
O amor tem um gosto amargo
gosto de terra preta
quando o amor não é correspondido
nos sentimos embaixo de sete palmos
O amor não foi feito para mim
O amor não tem cheiro de jasmim
O amor é cruel
O amor não é como estar no céu
Dizem que o amor é eterno
Pode ser verdade
O amor é a morte da vida
O amor é a chave para o inferno
Amor eu sinto
Ao amor me entreguei
Por amor eu vivo
E por amor eu morrerei

segunda-feira, 29 de março de 2010

A saudade se tornou tão forte
Que ainda em vida
Já me sinto totalmente tomado pela morte
Que triste essa minha sina
Que triste essa minha sorte


O Sorriso sumiu do meu rosto
E quando durmo não quero mais acordar
Queria eu poder sair desse corpo
E do gosto amargo do sofrimento
Desse gosto não poder mais provar


A Luz que me guiava apagou
Estou sozinho, cego, surdo e mudo
Nas trevas é onde estou sem rumo
Sofrido não é dizer que amou
Sofrido é não ver amor no mundo


Agora te deixarei
Pois somente o meu amor
Não te fará voltar
Viverei sempre com essa dor
viverei sempre a te amar

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O Caderno



O Caderno é minha casa
As letras são os móveis que tento arrumar da melhor maneira possível
As Ruas são as linhas por onde caminho sempre que me perco
E onde sempre consigo me encontrar
As flores, palavras, ponto, vírgula
São as paisagens que admiro sempre por onde vou
O ar que respiro é composto de ideias e inspiração
Meus livros são meu alimento e os devoro com tanto prazer
Poucos vieram a minha casa
Poucos caminharam comigo nas ruas
Quando me vejo acuado
Com problemas
Preciso apenas ir para minha casa
Alimentar-me
Arrumar os móveis
Caminhar nas ruas
Olhar a paisagem
Respirar um pouco de ar puro
Depois disso, basta uma boa noite de sono
E tudo ficará bem
Pois o sono nada mais é
Do que as coisas que escrevo





segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Não existe mais chão sob meus pés
Não existe mais céu sobre minha cabeça

Não existe mais estradas para seguir
Não existe mais olhos para contemplar tua beleza

Existe uma dor para sentir
Existe um amor para regar

Existe uma vida para perder
Existe uma voz para calar

Não preciso mais viver
Não preciso mais sonhar
Não preciso mais sorrir
Não preciso mais cantar

Existe um lugar para conversar
Existe um lugar para descansar
Existe um lugar para se viver em paz
Existe um lugar para se encontrar

Sei apenas que esse lugar não é aqui

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